Dr. Sergio Conti Ribeiro

Endometriose

A endometriose afeta uma em cada dez brasileiras em idade fértil, algo em torno de 5 milhões de mulheres. Apesar de tão frequente, ela ainda é um enigma para a ciência. Certo mesmo é que costuma provocar muita dor: física e emocional. Não raro, leva à depressão. E é uma das causas mais importantes de infertilidade – metade das jovens que sofrem desse mal não consegue engravidar.

O endométrio é o tecido que reveste o útero. Quase tão fino quanto à pele dos lábios, cresce a cada 28 ou 30 dias, estimulado pelos hormônios do ciclo menstrual. Sua função é preparar o órgão para receber o embrião.

Se a gravidez não acontece, essa mucosa descama e escoa pela vagina – é a menstruação. Só que, por motivos ainda não completamente elucidados, algumas de suas células, em vez de seguir o fluxo normal, retornam pelas trompas, alojando-se dentro da cavidade abdominal. De lá, extravasam para outras áreas da pelve, implantando-se nas próprias trompas, nos ovários, intestino, ureter, peritônio (membrana da parede abdominal), na bexiga e vagina.

Como é realizado o diagnóstico?

Algumas pacientes portadoras de endometriose podem apresentar dificuldade para engravidar.

O diagnóstico da endometriose inclui a avaliação dos dados de história, exame clínico detalhado, dosagens laboratoriais e exames de imagem tipo ultrassom e ressonância magnética. Entretanto, o diagnóstico de certeza depende da biópsia e análise microscópica dos focos de tecido endometrial ectópico.

Como é realizado o Tratamento?

O tratamento da endometriose varia de paciente para paciente, mas usualmente realiza-se uma laparoscopia para diagnosticar e remover os focos de endométrio ectópico. Algumas pacientes podem eventualmente receber algum tipo de tratamento medicamentoso adicional. Recentemente implantes sub-dérmicos ou intra-uterinos têm sido utilizados em pacientes tratadas de endometriose para evitar o retorno da doença.

Sintomas da Endometriose:

Ciclos Menstruais Irregulares

Infertilidade

Dor pélvica, principalmente durante o período menstrual

Dor na relação sexual

Fatores de Risco:

Ainda não se sabe todas as causas da endometriose, mas há suspeitas de que a herança genética esteja por trás dessa história. Ou seja, se sua mãe ou irmã apresenta a doença, você também corre o risco de desenvolvê-la. De qualquer maneira, a Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia classifica a endometriose como um distúrbio típico da mulher moderna.

Aquela que, na briga por um lugar ao sol, precisa ser competitiva na carreira, submetendo-se constantemente a um elevado grau de estresse – estado emocional apontado como um facilitador da doença.

“O organismo debilitado pelas tensões cotidianas deixa fora de combate os milhões de células incumbidas de expulsar substâncias estranhas ao corpo”, diz Sérgio Conti Ribeiro, ginecologista do Sírio Libanês e do  Hospital das Clínicas de São Paulo. E tecido endometrial, que penetra onde não deve, é uma delas.

Também por razões profissionais, muitas mulheres adiam a gravidez para além dos 35 anos, considerado mais um fator de risco. “A demora em engravidar faz com que o estrogênio, que é o grande detonador da endometriose, aja por tempo prolongado”, explica Sérgio. “

Quanto mais vezes menstruar, o que significa que a mulher ficou mais tempo sem engravidar, maior a possibilidade de desenvolver a doença.” Isso porque a menstruação contribui para a viagem das células do endométrio para áreas fora do útero. Nossas avós não conheceram a endometriose justamente porque engravidavam mais cedo e tinham mais filhos. Ao longo da vida, passavam por 50 menstruações, enquanto hoje esse número saltou para 400.

Prof. Doutor Sérgio Conti Ribeiro

 

Graduação Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)

Residência médica em Ginecologia e Obstetrícia Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)

Doutorado em Medicina (Obstetrícia e Ginecologia) pela Universidade de São Paulo (FMUSP)

Cursos de especialização nos Estados Unidos, com ênfase em Cirurgia Videolaparoscópica e Cirurgia Robótica.

Médico Chefe do Setor de Laparoscopia Ginecológica  da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)

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DR. SERGIO CONTI RIBEIRO

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