Você já ouviu sobre a Cirurgia Robótica?

Um pouco da História da Cirurgia Robótica.

As aplicações da robótica para cirurgia começaram na década de 1970 como projetos militares endossados ​​pela National Aeronautics and Space Administration (NASA) e financiados pela Defense Advanced Research Project Administration (DARPA). O objetivo era substituir a presença física do cirurgião e fornecer cuidados a astronautas ou soldados em campos de batalha .

De meados da década de 1980 ao final da década de 1990, a primeira geração de robôs foi usada para realizar tarefas de precisão guiadas por imagens, mas essas plataformas eram limitadas por interfaces básicas de computador e exigiam um longo planejamento pré-operatório.

 A atual geração de tele manipuladores em tempo real foi definida em uma configuração mestre-escravo, na qual a unidade mestre (o console do cirurgião) controla uma unidade escrava separada formada por braços robóticos com vários graus de liberdade.

A Cirurgia Minimamente Invasiva pode ser considerada a maior inovação cirúrgica dos últimos 30 anos. Isso porque revolucionou a prática cirúrgica com vantagens comprovadas quando comparada à cirurgia aberta tradicional.

Quais as vantagens da Cirurgia Robótica Minimamente Invasiva?

Dr. Sérgio Conti – Vários projetos de ciência da computação e robótica foram criados para superar as dificuldades encontradas com a laparoscopia convencional. Além da Redução do trauma cirúrgico e complicações relacionadas à incisão (como infecções do local da cirurgia, dor pós-operatória e hérnia), Redução do tempo de internação hospitalar e melhor resultado estético, podemos citar também:

  • Visão estereoscópica tridimensional aprimorada e de alta definição
  • Instrumentos de pulso que melhoram a destreza do cirurgião
  • Software que garante a precisão cirúrgica. 

Qual o panorama da Cirurgia Robótica em Ginecologia no Mundo?

Atualmente, mais de 3.200 plataformas robóticas foram instaladas em todo o mundo sendo liderada pelos Estados Unidos.

Qual o cenário para a cirurgia Robótica em ginecologia?

A histerectomia tem sido o procedimento de maior e mais rápido crescimento para cirurgia robótica.

Quanto às indicações específicas para histerectomia laparoscópica robótica, o benefício potencial foi demonstrado em relação à laparoscopia convencional em mulheres obesas e/ou com útero volumoso. Além disso se observa perda de sangue reduzida, dor pós-operatória diminuída e internação hospitalar mais curta quando comparados à histerectomia abdominal.

CIRURGIAS GINECOLÓGICAS POR ROBÓTICA

Miomectomia por Robótica

A miomectomia robótica foi desenvolvida e adotada pelos cirurgiões com base no sucesso que a laparoscopia já havia alcançado. 
A abordagem robótica ganhou popularidade por ser uma cirurgia de sutura intensiva e a assistência com braços robóticos torna a sutura simples que permite o procedimento de forma minimamente invasiva. No entanto, existem algumas limitações da miomectomia assistida por robótica, como campo de visão reduzido e incapacidade de aplicar torque, o que torna difícil a remoção de miomas muito grandes.

Endometriose por Robótica

Quando realizada por laparoscopia convencional, a cirurgia para endometriose é talvez a mais desafiadora tecnicamente em ginecologia.  As aderências densas, a perda de função das estruturas anexiais e o mau resultado reprodutivo colocam uma enorme pressão do cirurgião para restaurar a anatomia e função pela remoção de todos os implantes endometrióticos e melhorar a qualidade de vida do paciente

Reparo de prolapso de órgão pélvico por Robótica

Nas últimas duas décadas, a cirurgia abdominal minimamente invasiva tem sido cada vez mais usada para tratar o prolapso de órgãos pélvicos. Além das várias vantagens associadas à invasividade mínima, essa abordagem preencheu a lacuna entre os benefícios da cirurgia vaginal e as taxas de sucesso cirúrgico dos procedimentos abdominais abertos.

Oncologia Ginecológica

De acordo com a declaração de posição da força-tarefa robótica da Society of Gynecologic Oncology, a cirurgia assistida por robótica realmente “mudou significativamente” os padrões de prática na comunidade de oncologistas ginecologistas dos EUA.
No entanto, ainda não há evidências claras se a cirurgia assistida por robótica é realmente superior à laparoscopia convencional em oncologia ginecológica. A indicação médica tende a prevalecer.

Cirurgia assistida por robô em câncer cervical

A histerectomia radical abdominal tem sido o padrão de tratamento para pacientes com doença inicial. A abordagem laparoscópica do procedimento tem sido adotada por um número restrito de cirurgiões devido à sua complexidade.  Vários estudos avaliaram a viabilidade, a segurança e os resultados da histerectomia radical assistida por robô.

Cirurgia assistida por robô em câncer endometrial

O câncer endometrial é a indicação mais comum para o uso da plataforma robótica em oncologia ginecológica. 
Os benefícios da tecnologia robótica sobre a laparotomia parecem evidentes em um grande ensaio prospectivo publicado por Paley em que 377 pacientes submetidos à histerectomia assistida por robô tiveram muito menos complicações graves, como deiscência da ferida, sangramento e lesão urológica, e menor tempo de internação hospitalar em comparação com 131 pacientes submetidos à cirurgia aberta para a mesma indicação. Os benefícios da plataforma robótica foram observados em estudos que avaliaram os resultados entre abordagens cirúrgicas em pacientes obesos

Cirurgia assistida por robô em câncer de ovário

Até o momento, os centros cirúrgicos que usam o robô para o câncer de ovário geralmente realizam a cirurgia apenas em caso de recorrências isoladas ou para fins diagnósticos. No entanto, a capacidade de realizar cirurgias complexas de múltiplos quadrantes é um grande trunfo da plataforma cirúrgica e pode contribuir para aumentar a disseminação da técnica em pacientes com câncer de ovário nos próximos anos.

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