Cirurgia íntima.

Um encontro da ginecologia e a cirurgia plástica.

Parto, gravidez, alterações de peso e envelhecimento podem fragilizar os músculos e os tecidos vaginais podendo torná-los flácidos à ponto de incomodar muito a intimidade da mulher. Ultimamente venho percebendo um aumento no interesse de pacientes sobre incômodos na área íntima.

É não é que um estudo aponta que o Brasil é líder mundial no número de cirurgias íntimas.

A revelação é da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica. Afinal, o que vem criando toda essa demanda?

Conversa com Dr. Gustavo Arruda

Convidei meu colega e cirurgião plástico Dr. Gustavo Arruda para uma conversa sobre os pontos importantes deste tema. Até porque existe um encontro direto entre a cirurgia plástica e a ginecologia.

Dr. Eduardo Gustavo Pires de Arruda
Graduação: Faculdade De Medicina da UNESP
Residência: Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica na Faculdade De Medicina De São São Paulo – USP
Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

 

Qual a sua opinião sobre este aumento na procura por este tipo de procedimento?

Dr. Gustavo Arruda – As mulheres estão observando mais seus genitais. Uma mudança comportamental nos últimos anos fomentada pelos novos padrões de depilação e até mesmo pelos genitais femininos expostos na internet. A possibilidade de realizar uma cirurgia íntima é um pensamento que vem acompanhando muitas mulheres. Com a melhoria das técnicas cirúrgicas, é possível preservar toda a função da vulva, como a proteção da entrada da vagina e a manutenção da sensibilidade, sem que as cicatrizes fiquem visíveis. O aspecto final é de naturalidade e não é possível dizer que houve uma cirurgia naquela região.

Toda cirurgia íntima é igual?

Dr. Gustavo Arruda – Não, mas há uma padronização para os pequenos lábios, com retirada do excesso de pele e ajuste da flacidez. Já o grande lábio pode ter a gordura da própria paciente enxertada para preenchimento de volume e regeneração da pele.

Quais os tipos de procedimentos mais procurados?

Dr. Gustavo Arruda – Correção de hipertrofia de pequenos lábios, seguida de correção de assimetria e depois, preenchimento de volume dos grandes lábios.

Você considera a cirurgia íntima puramente estética? Por que?

Dr. Gustavo Arruda – Não, a função da vulva pode estar prejudicada pelo aumento de volume dos pequenos lábios que passam a incomodar no ato sexual ou em atividades físicas como o ciclismo.

A partir de que idade o procedimento é indicado? Existe algum limite?

Dr. Gustavo Arruda – Após os 18 anos de idade.

Qual a época mais adequada para realizar esse tipo de procedimento?

Dr. Gustavo Arruda – Não existe época mais adequada e, sim, o momento em que algum desconforto físico ou emocional, leve a paciente a buscar a avaliação de um especialista.

Aproveito para responder algumas das perguntas recebidas pelo tema.

Vídeo 1

Como saber se minhas partes intimas são normais?

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