Sangramento Uterino Anormal
Quando se preocupar e quais os tratamentos disponíveis.
Dr. Sergio Conti Ribeiro explica
O sangramento uterino anormal é uma das queixas mais comuns nos consultórios ginecológicos e afeta profundamente a qualidade de vida de muitas mulheres. Ele se caracteriza por sangramentos fora do padrão menstrual, seja pelo aumento no volume, na duração ou pela irregularidade no ciclo — sempre em mulheres que não estão grávidas.
De acordo com o ginecologista Dr. Sergio Conti Ribeiro, é fundamental entender que o sangramento excessivo não deve ser visto como algo normal ou passageiro. “Se a mulher percebe que está sangrando mais que o habitual, por mais dias ou em intervalos menores, é hora de buscar avaliação médica”, alerta o especialista.
Além do desconforto, o sangramento uterino anormal pode gerar consequências sérias, como anemia, fraqueza, cansaço, dores pélvicas, além de afetar o desempenho no trabalho, nos estudos e na vida pessoal.
Principais causas de sangramento uterino anormal
As causas são diversas e podem ser classificadas em dois grandes grupos:
Causas estruturais: pólipos, adenomiose, miomas ou alterações mais graves, como lesões malignas ou pré-malignas.
Causas não estruturais: problemas na coagulação, distúrbios hormonais, falhas na ovulação, efeitos colaterais de medicações ou causas desconhecidas.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é essencial para definir o tratamento correto. Segundo o Dr. Sergio Conti Ribeiro, a investigação começa com uma consulta detalhada, exames físicos e, na maioria dos casos, exames de imagem, como o ultrassom pélvico. Quando necessário, pode ser indicada a histeroscopia – exame que permite visualizar o interior do útero e realizar biópsias, se for o caso. Nas pacientes adolescentes, exames relacionados a coagulação podem ser úteis. Além disso, dosagens hormonais também podem ser necessárias.
Quais os tratamentos para sangramento uterino anormal?
O tratamento depende da causa, da idade, do desejo de engravidar e da intensidade do sangramento. Entre as opções estão:
Tratamento medicamentoso: com anticoncepcionais, progesterona, anti-inflamatórios ou antifibrinolíticos, como o ácido tranexâmico.
DIU hormonal: considerado uma das alternativas mais eficazes para reduzir o fluxo menstrual.
Procedimentos minimamente invasivos: retirada de pólipos, miomas ou ablação do endométrio.
Histerectomia: cirurgia para retirada do útero, indicada apenas em casos específicos, geralmente quando não há desejo de gestação e as demais opções não surtiram efeito.
Quando é uma emergência?
O sangramento uterino anormal se torna uma emergência quando há perda excessiva de sangue, levando a tontura, queda de pressão, desmaios ou sinais de anemia severa. Nesses casos, é necessário atendimento imediato para estabilizar a paciente e controlar o sangramento.
Quando procurar ajuda?
Se você percebe que seu ciclo menstrual mudou – ficou mais longo, mais curto, mais intenso ou com sangramentos fora do período -, procure um ginecologista. “O sangramento uterino anormal tem solução na imensa maioria dos casos. O mais importante é realizar um diagnóstico preciso e oferecer o tratamento adequado para cada paciente”, reforça o Dr. Sergio Conti Ribeiro, especialista em ginecologia e cirurgia minimamente invasiva.
Graduação Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)
Residência médica em Ginecologia e Obstetrícia Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)
Doutorado em Medicina (Obstetrícia e Ginecologia) pela Universidade de São Paulo (FMUSP)
Cursos de especialização nos Estados Unidos, com ênfase em Cirurgia Videolaparoscópica e Cirurgia Robótica.
Médico Chefe do Setor de Laparoscopia Ginecológica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)
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DR. SERGIO CONTI RIBEIRO
Itaim Bibi • São Paulo • SP
Fone +55 11 3079-5050